Desculpa

“Precisamos da arte para que a verdade não nos destrua”. Nietzsche

Rol dos Culpados

“Todo homem é um enigma

que tem por destino

decifrar-se a si mesmo

 e cada qual carrega o estigma

de uma esfinge que se indaga e devora.

Protagonista  e espectador

de um filme noir

sou aquele que atua

e o outro que me vê de fora

torvado pela vaga suspeita

que ao cabo da intricada trama

e de investigações a esmo

venha a ser revelado

que em todos os crimes

fui comparsa de mim mesmo.”

Antonio Carlos Augusto Gama

Estrela Binária

Anyone else but you

You’re a part time lover and a full time friend

The monkey on you’re back is the latest trend

I don’t see what anyone can see, in anyone else

But you

Here is the church and here is the steeple

We sure are cute for two ugly people

I don’t see what anyone can see, in anyone else

But you

We both have shiny happy fits of rage

You want more fans, I want more stage

I don’t see what anyone can see, in anyone else

But you

You are always trying to keep it real

I’m in love with how you feel

I don’t see what anyone can see, in anyone else

But you

I kiss you on the brain in the shadow of a train

I kiss you all starry eyed, my body’s swinging from side to side

I don’t see what anyone can see, in anyone else

But you

The pebbles forgive me, the trees forgive me

So why can’t, you forgive me?

I don’t see what anyone can see, in anyone else

But you

Felicidade Clandestina

Ontem finalmente assisti “Os sonhadores”…

Impossível resumir o filme do Bertolucci. Mas impossível não deixar de citar: fotografia perfeita em cores. Lindo jogo de espelhos em quase todas as cenas. Sem falar, na conexão perfeita com os outros filmes. Ele usa referencias não só a filmes, como livros. Destaque para: Lacan, Barthes, Levi-Straussm, Sartre e Susan Sontag. Fico imaginando quantas outras referências literárias não captei. Para mim, essa cena, é uma das que mostram a essência do filme. 

Os sonhadores

Paris, te amo

Memórias Póstumas de Bras Cubas

 

"Com efeito,um dia de amanhã, estando a passear na chácara, pendurou-se- me uma idéia no trapézio que eu tinha no cérebro. Uma vez pendurada entrou a bracejar, a pernear, a fazer as mais arrojadas cabriolas de volantim, que é possível crer. Eu deixei-me estar a contemplá-la. Súbito deu um grande salto, estendeu os braços e as pernas, até tomar a forma de um X: decifra-me ou devoro-te".DE ASSIS, Mach

Início…

Tudo começou com um livro emprestado e uma vergonha danada de um novo amigo ler algum comentário esquecido no meio de alguma página. Mas os livros nem eram tão importantes, já que falavam somente de televisão, cultura e mídia… nada muito pessoal. Mas pensando na invasão que é ter alguém lendo os seus grifos, conversamos sobre essa questão e de uma hora para outra nasceu mil idéias sobre histórias que trouxessem um fato comum: o conhecer o outro e a sim mesmo através da deliciosa viagem pela literatura.  De lá prá cá foram poucos dias, mas muitas temáticas, filmes correlatos, links de internet e trechos de livros. O objetivo desse blog é fazer um diário histórico desse trabalho coletivo entre eu e o Paulo Menechelli. Para que a gente mesmo não se perca no meio de tanta coisa. Então começa assim, meio torto, sem saber para quem escrever, sem saber que pessoa do verbo usar, mas com muita coisa pra anotar…